Para mim, no início da minha vida profissional, independência financeira sempre foi muito mais não ter mais medo de perder o emprego do que conseguir viver dos rendimentos do que eu poupei da minha fonte de renda.
Você pode comentar caso se encaixe nessa situação, mas pode ser que eu esteja mais solitário nessa: trabalho em um setor muito bacana, mas dentro de uma área que nas empresas em geral é uma área difícil de se trabalhar, com um trabalho menos valorizado, um desequilíbrio entre vida e trabalho (trabalho ocupando espaço de vida pessoal). Meu supervisor é uma excelente pessoa e um bom gestor, eu aprendo muito com ele e acredito que ele lidera o departamento para um bom caminho.
Acredito que como um efeito colateral de estar em um setor bacana, minha empregabilidade é mais baixa do que o normal fora da empresa, porque em outras indústrias, o que se faz mais é a gestão daquela área difícil de se trabalhar e menos do que eu faço em específico, que é analisar falhas de processo e fazer estudos de melhorias. Além disso, desde 2014 o mercado de trabalho tem sido difícil no Brasil, principalmente dentro da indústria.
Baseado nesse contexto, a conta que eu proponho é o "outro FIRE", mais como um "financial independente when fired"ou FIWFIRED. Não ficou legal, o acrônimo né...
Por quanto tempo eu cubro minhas despesas, se estiver desempregado?
A ideia de ter uma reserva de emergência é justamente essa, cobrir ali 6 meses sem fonte de renda. Entretanto, nossas leis trabalhistas para quem é CLT, propiciam um "acerto", que basicamente é poder sacar o FGTS e receber uma multa de 40% do valor do FGTS, paga pelo seu empregador. Existe um risco aqui, porque caso o seu empregador não deposite o FGTS, você não vai ter o que sacar, e também tem o risco do empregador não pagar a multa e aí você pode ter que entrar com um processo trabalhista.
Se você jogar "cálculo demissão" no Google, o buscador retornará alguns sites que fazem o cálculo para você, entretanto eles costumam dar resultados diferentes, infelizmente. Não sei o detalhe das contas, na verdade cabe uma discussão mais profunda sobre isso, mas em termos práticos, costuma jogar em 3 sites e fazer a média.
Essa conta geralmente é em cima de demissão sem justa causa. Costuma ser raro a demissão sem justa causa, mas é importante estudar esses riscos, principalmente para ter uma conduta dentro do trabalho de modo a evitar esse cenário catastrófico.
Para iniciar a discussão, arbitrando uma despesa mensal de 3500 reais para um salário de 3500 reais. Usando o site Cálculo Rescisão, como exemplo, para uma dispensa sem justa causa, temos um valor líquido de 10799 reais, para 1 ano de trabalho e 16151,33 para 2 anos. No primeiro caso, o acerto vai cobrir 3 meses de despesas, no segundo cobre cerca de 4 meses e meio. Jogando um horizonte de 5 anos, temos um acerto de 29.615, que vai cobrir os custos de quase 8 meses e meio de despesas. Portanto, se você tem menos de 3 anos de empresa, com carteira assinada, contrato CLT e considerando que seu empregador faz o depósito do FGTS, vai ter uma reserva de emergência natural que tende a ser menor do que 6 meses. Se isso não é seguro para você, você deveria considerar reduzir custos. Deveria considerar SERIAMENTE isso.
Pareto pode ajudar, quero aprofundar o assunto num segundo momento, mas procure dividir seus custos em porcentagens e pense em reduzir sempre o custo que tem a maior porcentagem. Não adianta economizar no cafezinho, se você sai para almoçar por 50 reais uma vez por semana, por exemplo. Pensar sobre custos é um exercício constante.
Olá CronoFire, Boa Tarde, tudo bom?
ResponderExcluirComentei algo a respeito aqui:
https://aportehoje.blogspot.com/2019/11/comprar-acoes-para-receber-dividendos-e.html
Onde comento pq em minha opinião, dividendos são uma boa.
Uma reserva é ótimo e realmente muito recomendado, e se em paralelo a pessoa possui uma fonte de renda que cubra os custos, melhor ainda.
Obrigado pela recomendação Aportador. Demorei um pouquinho, mas li. Concordo com os dividendos e com a parte de ter uma fonte de renda para cobrir os gastos. Valeu
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